Especialistas falam sobre desafios de candidatos para o dia 30 de outubro
O dia 30 de outubro de 2022 está marcado para levar novamente a população às urnas para decidir entre os candidatos a governo de estados e presidência da república que foram para o segundo turno.
Assim, seguem as campanhas eleitorais na TV, rádio, redes sociais e diretamente com as pessoas nas ruas, ou seja, a equipe de marketing tem mais um mês pela frente para trabalhar afinco por seus candidatos.
Campanhas para o segundo turno preveem maior contato com população nas ruas (Imagem: Pixabay)
Os candidatos nada mais são do que marcas, tal qual um produto, explica Silvia Martins, especialista em marcas e patentes e fundadora das empresas Martins & Fernandes Marcas e Patentes e Registre Fácil. “Os candidatos precisam entender que eles são uma marca, que eles representam a própria marca, por isso, tudo que falam e fazem pode repercutir a favor ou contra de suas próprias candidaturas. Um candidato a um cargo público é como um produto e eles estão na batalha para que a maior parte das pessoas consuma esse produto, isto é, vote em seus números para a eleição, por isso, as estratégias de marcas e marketing serão fundamentais para as definições no segundo turno”, comenta Silvia Martins.
Número de indecisos é desafio para candidatos (Imagem: Pixabay)
Já Felipe Wasserman, sócio e CMO da Letz, startup intermediadora de transporte compartilhado, que é especialista em gestão de marketing, fala sobre o panorama geral de marketing nas campanhas eleitorais: “Basicamente o Brasil virou quase os Estados Unidos, um país de dois candidatos, o que é um erro. Hoje acabou que temos uma discussão de rejeição e não de propostas, um debate sobre quem tem a maior rejeição e quem consegue ativar os seus eleitores mais fervorosamente. As mídias sociais acabaram mudando muito o modo de ver política no Brasil. Hoje as pessoas estão sabendo ativar suas bases”, analisa o profissional.
A um dia das eleições gerais, 11% da população apta a votar ainda não havia definido quem escolheria para presidir o Brasil pelos próximos quatro anos. O percentual aparece na pesquisa espontânea do Datafolha, divulgada na semana anterior às eleições.
O poder de decisão de quem deixa para decidir na última hora ou acaba votando em branco ou anulando se deve a diversas variáveis que podem contribuir para a alteração dos índices registrados nas pesquisas. Uma delas é o chamado “voto envergonhado”, destinado aos dois candidatos que lideram as pesquisas — o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Como ambos têm altos índices de rejeição, o eleitor tende a manter em segredo a sua opção.
Dentre as principais estratégias de marketing eleitoral para alcançar indecisos ou até mesmo quem votou no adversário, estão: horário eleitoral em TV e rádio; participação em debates também em TV e rádio; criação de slogans e jingles criativos e “chicletes”, isto é, aqueles que “pegam” e são lembrados por muito tempo; campanha online nas redes sociais e impulsionamentos pagos; e o famoso “boca a boca”, em que os que já têm seus candidatos definidos tentam convencer familiares, amigos e conhecidos a votar no seu candidato favorito.
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